terça-feira, 31 de maio de 2011

Saudade

Sabe, eu costuma escrever em um blog, muito capenguinha, não mais do que esse, o plano de fundo costumava ser um pistola "velho oeste" e o nome era auto explicativo.
Eu escrevia mentiras em sua maioria, não para os leitores mas para mim mesma; e na verdade eu nem percebia que não passava de ilusões reias ou projeções de coisas que estavam fadadas ao fracasso. Nós nunca percebemos a verdade quando a estamos vivendo, e depois de um tempo quando tudo já ficou no passado vemos tudo distorcido e surreal, como no quadro "As Horas" de Dali.
Tinham três ou quatro pessoas que sempre estavam lá, mesmo quando o post era de uma qualidade baixíssima, claro que minha mãe era uma delas ;) e as outras eram amigos, os quais ficaram em outro tempo.
Eu me obriguei a excluir o blog, porque eu só me afundava mais com todos.
Quando se escreve o que se sente nem sempre as pessoas são boazinhas com você, sua vulnerabilidade vai as alturas e ao mesmo tempo você cria uma arma de destruição em massa, pena que é auto destruição em sua maioria esmagadora.

Mas mesmo assim eu morro de saudades.

Laura 

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Alguem tenha a generosidade de me dar um mordaça.

Quinta feira, era só eu me manter sã, bastava isso, mas eu queria? não.
Era apenas uma questão de guardar minhas opiniões, manter a porra da boca fechada pelo menos uma vez não deixar  o grau etílico influenciar minha pergunta:
-você está apaixonado por mim?
                                                                   what the fuck

Era a segunda vez que eu abria e fechava a boca como um peixinho assustado, mordendo sua isca, na verdade a pergunta era pra ser a mesma que tinha sido antes:
-você quer essa cerveja?

Mas eu acabei indo um pouquinho além de uma cerveja, acbei tocando no assunto que sempre é adiado, e ainda por cima forçando uma resposta honesta. não importa (mentira) se tivesse sido negativa, mas teria que ser o que sentia, se não estivesse, fazer o que? (tenho mil respostas para essa pergunta, mas talvez ja tenho falado demais por essa semana, quiçá pro mes inteiro).

Laura, a menina que não sabe calar a maldita boca.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

She said

Aqui estamos nós. Laura e De. Duas meninas, ou se você preferir uma só pessoa . Duas meninas desequilibradas, neuróticas, piradas e bêbadas. Se pudéssemos escolher uma única palavra para nos definir seria bêbadas, sem dúvidas. Mas não pensem vocês que nosso mundo gira em torno de bebidas, festas e muita diversão. Temos que acordar todo dia às sete horas da manhã para mais um dia de batalha sofrida em nosssos respectivos empregos. Seja aturando cliente idiota e usando todas as forças para tentar ser simpática, ou ter que aturar papai noel judeu e redigir mil páginas sobre projetos arquitetônicos. E as pessoas ainda reclamam de só estudar, de morar com a mãe. Quero ver quando decidirem sair de casa.
Moramos juntas. Mas não é essa diversão toda não. O padrasto da Laura passa os dias da semana lá e ainda tem a insuportável e malévola dona Jups, nossa querida vizinha que tem como objetivo nos explusar de nossa humilde casa.
Sem pseudônimos dessa vez e reunidas iremos mostrar à vocês como nossa vida é bastante divertida, repleta de festas mas ao mesmo tempo um verdadeiro inferno. Viva a pinga!

De

Já não mais se importava.

A luz do Sol batia em seu rosto, mas ela já não mais se importava. Acendeu um cigarro e foi andando; queria ela que fosse sem rumo, mas tinha de enfrentar mais um árduo dia de trabalho. Pessoas olhavam e ela não se importava.
Uma lágrima caiu de seus olhos. Não a enxugou. Já não ligava mais de seu rímel estar por todo o rosto, ela só queria que algo de inusitado acontecesse em sua vida.
Acendeu outro cigarro. A maioria dizia que ela matava-se aos poucos. E ela se importava? Não!


De

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Menina boazinha

A boa menina entra num ônibus de viagem e percebe que tem alguém sentado em seu lugar na janela, o que a obriga a sentar no corredor, ela tem a intenção de pedir seu lugar de volta, mas primeiro seria melhor colocar as sacolas na prateleira de cima, infelizmente uma lata de leite condensado cai, sem a menor cerimônia, no seio direito da senhora que estava sentada abaixo. A garota boazinha pede mil desculpas e se oferece para passar um gelol. Satisfeita com a recusa da senhora, a boazinha tenta colocar a segunda bolsa no espaço destinado quando, não se sabe como, a bolsa despenca direto para o colo de uma segunda moça. Diante da confusão e de alguns risos aleatórios só lhe resta colocar a bolsa no chão e sentar em seu assento no corredor, afinal ela está sem moral alguma para requerer alguma coisa.


Laura

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Apenas mais um dia.

Despertador toca. Oito horas da manhã. "Tenho que levantar, tenho que levantar" - penso, até que caio no sono novamente. Uns vinte minutos depois acordo desesperada por estar totalmente atrasada. Puxo uma roupa qualquer da arara e me visto deitada. Completamente sonolenta e esbarrando em tudo como se estivesse bêbada caminho até a sala e me jogo no sofá. "Pra quê trabalhar?" - uma voz berra na minha cabeça  "Anda, levanta, vai trabalhar!" - outra voz que eu assumo odiar grita do outro lado; e como se fossem "diabinho" e "anjinho" essas vozes ficam martelando em minha cabeça, até que eu acabo infelizmente seguindo o anjinho, levanto-me, abro a porta, respiro fundo, suspiro e vou em direção à mais um dia de escravidão.


De

sábado, 14 de maio de 2011

Bazzinga

- Então, porque você odeia tanto a Jups? -Perguntou ele sentado a mesa no almoço de dia das mães.
-Porque quando eu tinha onze anos estava lendo um livro com ventilador ligado, então ela foi lá e puxou o ventilador da tomada dizendo "não gaste minha luz".
-Mas você guarda rancor só por causa disto?
(refletindo mais um pouco) eu disse:
- Não, eu a odeio ainda mais por ter:
  1. Envenenado a maça da Branca de Neve;
  2. Cortado a trança da Rapunzel;
  3. Feito a Bela Adormecida espetar o dedo na roca;
  4. Roubado a voz da Ariel, e
  5. Trancado a Cinderela no quartinho.