sábado, 16 de julho de 2011

LPCS

Cinco anos atrás, estava certa que ele seria meu, apesar de toda a relutância, e de todos perceberem o que eu não conseguia ver, só enxergava a pessoa culta e engraçada que estava por baixo de um nariz de porquinho e um gosto muito duvidoso para roupas. um nerdizinho que usava seu jeitão de Jim Carrey como disfarce para sua terrível timidez.
Meu Deus como eu conseguira me enganar tanto com alguém, logo com ele que era a pessoa que mais importava, ficou no topo da lista de pessoas preferidas por anos... um sorriso triste e nostálgico se abre em meu rosto agora pois eu vejo com toda clareza que acabou completamente, sem vestígios dos pedacinhos que ficaram espalhados pelo chão como cacos minúsculos de vidro fino.
Há cinco minutos estava conversando com um garoto jovem, malhado, que faz academia e passa o resto do dia em frente ao computador sem fins lucrativos; um garoto que fala gírias gays como respira, que vai a festas pops e analisa suas possíveis presas com um piscar de olhos, ele tem 23 anos e vive com o dinheiro da mãe, fez uma faculdade particular, pois não quis se dar ao trabalho de tentar de novo, um garoto tão profundo como um pires.
Irreconhecível é a palavra para defini-lo, quando você deixa de amar alguém ela se mostra a pessoa mais bizarra já vista pelo homem, ainda mais quando ela se assume homossexual não só no sexo mas dita isso como um estilo de vida, sua sexualidade se tornou uma religião e qualquer coisa que não se encaixe no padrão gay, não é bem vinda, assim como o piano que tocava e as roupas que usava.
Ele é outra pessoa agora, alguém que eu não faria a menor questão de me aproximar.

2 comentários:

  1. por que não estou surpreso com esse desfecho?

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  2. "Com um suspiro de gratidão indefinida, ele observa a imagem na tela enquanto lembra que a moça, embora linda e arrebatadora, era uma dor de cabeça que não dói mais nele."

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